quarta-feira, 23 de março de 2011

Jogadora indígena

Entrevistamos hoje,  uma moça muito simpática chamada Darupü'üna (pronúncia: Darupana). Nome difrerente né? O mais legal de tudo é que ela é  índia !


A Darupü'üna mora há poucos anos em BH e saiu de onde morava, Amazonas, para estudar Direito, curso que infelizmente teve que trancar.  Atualmente ela joga profissionalemnte por um time de Sabará e trabalha com call center.

 
No Amazonas, ela morava na aldeia de nome Ticuna, que fica na divisa entre o Peru, Colômbia e Brasil. Lá eles possuem um dialeto, chamado também de Ticuna, e ela até nos mostrou uma carta escrita desse dialeto. 

Carta escrita em "ticuna"
Conversando, Darupü'üna nos contou coisas muito interessantes a respeito de sua cultura. Uma delas é  "Festa da moça nova", celebração realizada quando a menina tem sua menarca. Após o fato ser descoberto, a menina é isolada por três meses, tempo em que aprende a fazer artesanato, e então é realizada uma festa onde ela tem todo seu corpo pintado, e após um ritual, (o cabelo da moça é dividido em três partes, e cada parte é cortada por uma pessoa,  sendo ela padrinho ou da família), as mechas são arrancadas até a menina ficar careca.



Ficamos tão encantados com a entrevista  que isso até nos gerou uma nova vontade: fazer outro documentário, sobre sua cultura. 








Estamos animados!

Festival de tortas na UFMG

Ontem, dia 22, aconteceu no xadrez do prédio de Ed. Física, na UFMG um festival de tortas, que começou às 11:30. O festival foi promovido pelas meninas do futebol, em que cada uma levou uma torta, doce ou salgada, para arrecadar dinheiro para o time, que fará uma viagem e não tem patrocinador. 

Fomos até lá para acompanhar e saborear, é claro! Tinha de frango, atum, chocolate, brigadeiro... estava tudo uma delícia!
02 pedaços + refri = 5,00

 Boa iniciativa a delas!

domingo, 20 de março de 2011

Começando a pesquisa de campo


Foto de Matheus Pereira
Começamos hoje nossa pesquisa de campo e fomos assistir ao treino do time das meninas da UFMG. O time é formado por estudantes da faculdade e jogadoras de outros times. Chegamos até ele através de um membro do time, a Amanda Barbosa, uma das goleiras.

No dia 26 de fevereiro, fizemos o primeiro contato pessoal com a Amanda, que é estudante do curso de “Letras” da federal.  Ela é conhecida de nosso diretor de fotografia, o Matheus, e quando foi contactada, se dispôs de muito bom grado a nos ajudar. 

Foto de Paulo Henrique
Conversamos durante um tempo com ela sobre como são vistas as jogadoras, do preconceito de uma forma geral, das dificuldades impostas à elas, as vezes começando pelos próprios pais, que não aceitam que a filha jogue futebol e sobre suas expectativas. Após o jogo, em um bate-papo rápido com algumas meninas do time, elas disseram o mesmo que a Amanda, que não pensam em se profissionalizar e que jogam por amar o que fazem. 

Pensando bem, essa é mesma uma carreira complicada, até mesmo para homens. Você tem que largar tudo, família, amigos, sair de onde mora... enfrentar preconceitos. E tem coisa pior do que ser alvo de preconceito?

Foto de Paloma Paiva
Após o treino, aconteceu também uma seletiva para novas jogadoras, o que foi algo muito legal de presenciar. Aliás, assistir o treino em si, já foi uma coisa bacana. A única vez que assisti a um jogo feminino, foi mais ou menos há uns 5, 6 anos, quando eu era obrigada a fazer educação física e, humildemente, me mantinha longe das outras garotas que, más, me empurravam a todo momento por eu não jogar bem. Foram tempos difíceis, mas agradeço por já estar na faculdade e não ter que passar mais por isso.

Nada mais por hoje...

sábado, 19 de março de 2011

Artista do futebol

Na quarta-feira, dia 16, recebemos um e-mail de nosso diretor Vinícius com o título "Artista do futebol", e um vídeo em anexo. Na mensagem, ele dizia:


"Pessoas,
Olhem o e-mail que eu recebi...
Que coincidencia!"

Quando abri o vídeo, vi que era de uma jogadora, que não sei quem é.
O que acontece é que, quando estamos pesquisando ou produzindo algo com muita vontade que dê certo, o nosso assunto e tudo envolvido a ele acaba chegando até nós.

Pode parecer brega para alguns, mas eu acredito na lei da atração. E pra mim, foi isso que aconteceu!
Dêem uma olhada:


quinta-feira, 17 de março de 2011

Futebol feminino nas telas

Aproveitando...
Me lembrei de duas obras audiovisuais sobre futebol feminino. Um é "Brilhante futebol clube" (direção de Kiko Ribeiro), que foi escolhido pelo Ministério da Cultura entre oito finalistas do FICTV/Mais Cultura, para o incentivo à produção de teledramaturgia nacional voltada a jovens das classes C, D e E. O outro é o curta "Cartão vermelho" (pelo qual sou apaixonada), da Laís Bodanzky.


Sobre "Brilhante futebol clube":
Chegar à Seleção Brasileira de Futebol Feminino sempre foi o sonho de Rita, mas até os 14 anos, o máximo que ela consegue é jogar com os meninos.Insatisfeita, Rita decide mudar o rumo de sua trajetória e reúne outras meninas para formar o primeiro time feminino de Santa Rita do Sapucaí, no interior de Minas Gerais. Assim é fundado o Brilhante Futebol Clube. Mais que realizar seu sonho, Rita passa a ter o desafio de liderar um time de jovens garotas que, além de passarem pelas mesmas turbulências da adolescência, são muito diferentes em vontades e espírito.



Sobre "Cartão vermelho":
Cartão vermelho é o filme de estréia de Laís Bodansky na tela grande. O filme revela o mundo de Fernanda – uma adolescente que joga futebol com os meninos – no momento em que é surpreendida pelos desejos de mulher. (Você pode encontra-lo totalmente no youtube)





Por hoje é só!

Bjus =D

Menina também joga bem!

Boa noite!


Decidi fazer este blog como uma espécie de diário de bordo . Outro dia, o Matheus, meu amigo, me mostrou algo semelhante e achei legal a iniciativa!

Sou estudante do 5º período do curso de "Cinema e audiovisual" do Centro universitário UNA e temos uma disciplina chamada TIDIR (Trabalho interdisciplinar dirigido) e todo semestre temos que produzir algo para ela. No 1º semestre, fizemos um artigo, no 2º, um ensaio fotográfico e um artigo e, a partir do 3°, começamos a produzir nossos filmes. O 1º foi um curta-metragem , o 2°, um episódio piloto feito para tv, e,  agora, no TIDIR IV, um documentário.O grupo ficou assim: Eu, fiquei como produtora, Vinícius Coelho como diretor geral, Matheus Pereira como diretor de fotografia e Paulo Udi como técnico de som.

O tema proposto pela nossa guia foi "Retratos do Brasil: o sujeito (extra)ordinário", e a partir deste tema, começamos a pensar em um sub-tema. Eu e os garotos do grupo tivemos várias idéias.  Sugeri que fizessemos sobre profissões desvalorizadas ou são desconhecidas, Vinícius sugeriu que falássemos sobre atores de teatro (como é o dia de um ator comum, ou seja "os batidores") , Matheus, futebol feminino, e Paulo, pessoas que embora comuns, possuam alguma carecterística diferente, como uma gari cheia de piercings.

Ficamos entre teatro e futebol feminino. Confesso que fiquei tentada a fazermos sobre teatro, afinal sou atriz e amo camarins, cuxias, bastidores...e claro, o palco! Mas o futebol feminino me chamou mais  atenção pelo fato de ser um pouco "menosprezado". Tem gente que pensa que lugar de mulher no campo de futebol é só pra ser líder de torcida.Caramba, futebol não é só coisa de homem não! Fiquei com vontade de mostrar como meninas que gostam de futebol sofrem por isso, de como são vistas e claro, também quero conhecer esse mundo.

E afinal... tem coisa melhor que falar de futebol no país do futebol?

Por fim, encontrei na internet uma foto (não sei quem é o fotógrafo) muito bonita que ilustra bem o assunto, provando que a feminilidade pode sim estar presente em nossas jogadoras, e decidi postar.

Até mais!